Representantes do Sistema Indústria, do SENAI/RN, e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER tiveram destacada participação na 10ª edição do Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, de 25 a 27 de julho na Escola de Governo do Rio Grande do Norte, em Natal, que teve como tema principal, o compromisso com a sustentabilidade.

 

O diretor do SENAI-RN, Emerson Batista, falou na abertura do evento sobre as ações da instituição na área de educação profissional, serviços técnicos especializados e de pesquisa e desenvolvimento, através do CTGAS-ER e da implantação do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis – ISI-ER, no sentido de formar mão de obra qualificada e desenvolver soluções tecnológicas para contribuir com o desenvolvimento do segmento de energia eólica do RN do país.

 

Também participaram da abertura do fórum o vice-presidente da FIERN e presidente da Comissão Temática de Energias Renováveis – COERE/FIERN, Sergio Azevedo; o consultor e gerente de novos negócios SENAI CIMATEC – FIEB Miguel Andrade Filho; e Newmark Heiner da Cunha, coordenador da Rede de Energia da FIEPB.

 

 

A participação do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis – ISI-ER, através do seu diretor, o engenheiro Antônio Marcos de Medeiros, foi considerada decisiva, com a contribuição técnica, a articulação com os parceiros e na organização do evento. No decorrer da programação, representantes do CTGAS-ER participaram das plenárias e de mesas redondas específicas, apresentando informações ou prestando contribuições técnicas.

 

O instrutor de educação e de tecnologias do SENAI – CTGAS, Leonardo Oliveira, participou do painel “Novos materiais, novas tecnologias e as eólicas do futuro”, onde especialistas e pesquisadores convidados apresentaram o que foi gerado em mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento, quais as conquistas e os obstáculos à inovação brasileira em eólicas e qual o status das novas tecnologias e materiais já em implantação. Este painel contou, também, com a participação de profissionais da Camargo Schubert Engenharia Eólica, da Ductal Brasil e da General Electric (GE).

 

A sessão fechada sobre “O desenvolvimento do offshore eólico no mundo e no Brasil” contou com Daniel Faro do Amaral, representando a PETROBRAS. Ele faz parte da Equipe do Laboratório de Mapas e Dados de Recursos Energéticos do CTGAS-ER, no âmbito da parceria SENAI/PETROBRAS. Nessa plenária foi apresentado e discutido o estado da arte e aspectos regulatórios, ambientais, operacionais e tecnológicos do horizonte marítimo (“offshore”) para eólicas no mundo e no Brasil. Na discussão dessa sessão, também participaram representantes da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Ambipetro, a WEG S.A.

 

A Diretora Executiva do CTGAS-ER, Cândida Amália Aragão, participou da mesa redonda sobre “O desafio de bem formar profissionais no setor eólico nacional e regional”, que contou representantes de universidades, institutos e centros de formação profissional, tratando sobre a importância e a necessidade do setor eólico de contar com mais centros de excelência e cursos técnicos e profissionalizantes.

 

Durante o evento, as instituições apresentaram seus portfólios de atividades de ensino, pesquisa e capacitação e debateram a situação atual, os riscos, oportunidades e demandas à construção de uma rede efetiva de entidades formadoras de profissionais de qualidade. Essa mesa contou com a presença de representantes da UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UNP – Universidade Potiguar, UFC – Universidade Federal do Ceará, e do IFRN – Instituto Federal do RN e do CERNE.

 

Presidente da COERE defende aumento de políticas públicas para o setor

 

O Complexo Eólico Cutia e Bento Miguel, em São Bento do Norte, região central do Rio Grande do Norte, redimensiona o estado na produção de energia eólica. O empreendimento está em fase de conclusão, com 149 torres eólicas espalhadas por 17 parques, totalizando 82 quilômetros de acesso. O potencial de produção é de 312,9 megawatts, consolidando-se como o maior complexo de energia do estado.

 

 

A operação de parte do Complexo inicia neste mês de agosto. Serão 86 torres, responsáveis pela produção de 180 megawatts, a serem espalhados pelas estações de energia do estado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel). O restante está previsto para iniciar a operação em janeiro de 2019, com produção de 132,9 megawatts.

 

A produção coloca o Rio Grande do Norte acima dos outros estados brasileiros no tocante a geração de energia eólica, com produção acima de 2,5 mil megawatts. Em 2017, segundo o Centro de Estratégias em Recursos Naturais (Cerne), 3,4 gigawatts foram gerados em 127 usinas eólicas – maior número entre os estados brasileiros. Em seguida, estava a Bahia, com 1,9 gigawatts de produção.

 

O presidente da COERE/FIERN, Sérgio Azevedo, apontou a necessidade dessa capacidade produtiva ser consolidada para os próximos anos, com o aumento de políticas públicas na área e incentivo às indústrias estaduais. “O Rio Grande do Norte foi abençoado com jazidas de ventos. Já que sempre falamos que o RN é pequeno em termos econômicos, temos obrigação de aproveitar a nossa capacidade de produção energética renovável para atrair novos empreendimentos e diversificar a cadeia econômica potiguar”, disse.

 

Sobre o X Fórum Nacional Eólico – Edição comemorativa de 10 anos

 

O Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos é uma parceria entre a VIEX – Cortex Américas Organização de Feiras e Eventos e o CERNE – Centro de Estratégias em Recursos Naturais & Energia, com o patrocínio e/ou apoio de empresas e instituições interessadas no desenvolvimento da energia eólica no país.

 

De acordo com a organização do evento, desde a sua primeira edição, em 2009, quando foi palco da assinatura do documento de compromisso que iniciou a grande arrancada do setor eólico brasileiro, consolidando uma convergência de objetivos e definição de atribuições de cada agente, o Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos se renova a cada ano, com abordagens dinâmicas, conferencistas impactantes e debates oportunos.

 

Mais de dois terços das operações do setor eólico nacional estão concentradas na Região Nordeste. Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco lideram o ranking de empreendimentos instalados e continuam atraindo novos investimentos.