O SENAI do Rio Grande do Norte participa, nesta semana, de uma série de discussões sobre os perfis profissionais que as indústrias de energias renováveis querem contratar e os caminhos para a qualificação de pessoal na área.
As discussões são promovidas desde ontem pelo Comitê Técnico Setorial Nacional de Energias Renováveis do SENAI, na escola SENAI Jorge Mahfuz, em São Paulo. O Comitê funciona como um fórum técnico consultivo para subsidiar a elaboração dos perfis que atendam à atividade e a reestruturação dos programas de educação desenvolvidos pela rede.
“Essas são reuniões que nós sabemos como começam, mas que não sabemos como terminam. De forma muito positiva, são possíveis, a partir delas, desdobramentos como a geração de novos produtos ou a adaptação, o ajuste dos produtos que já ofertamos no mercado, seja na área de educação, seja na área de prestação de serviços técnicos e tecnológicos”, diz o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Rodrigo Mello.
“Trata-se de um processo que está em permanente evolução e todos enxergam assim: nós que prestamos o serviço, as empresas e outras instituições que recebem o serviço e as pessoas que acessam o conhecimento. É algo que não para porque o setor de energia não para. Os primeiros perfis profissionais formados no Brasil tinham características que certamente mudaram com o tempo para se adequar aos equipamentos, que hoje são muito maiores, às novas tecnologias e necessidades do mercado. Isso tudo impacta no trabalho, na construção, na operação ou na manutenção desses empreendimentos”, acrescenta.
Comitê
De acordo com informações do SENAI, os Comitês Técnicos Setoriais Nacionais são constituídos por especialistas reconhecidamente competentes do setor tecnológico em estudo, incluindo indústrias, meio acadêmico, especialistas em educação profissional do SENAI, além de representantes do governo e dos respectivos sindicatos de empregados e empregadores e/ou associações.
Empresas que atuam em diferentes segmentos no mercado de energias renováveis, instituições como Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Associação Brasileira de Energia Solar (Abrasol), Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), agência pública de cooperação alemã GIZ e especialistas do SENAI em atuação nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo participam.
O Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI-RN, principal polo de formação profissional do SENAI para as indústrias de energia eólica no Brasil, referência em energia solar e centro de excelência nacional para soluções que estão em construção com a Alemanha, com foco em hidrogênio verde, é o representante do Rio Grande do Norte no grupo. Gigantes como Maersk Training, Engie e Vestas, três das principais parceiras da instituição no estado, aceitaram o convite do SENAI-RN para integrar a iniciativa e também estão em São Paulo.
“A formação de Comitês Técnicos é uma metodologia tradicionalmente adotada pelo SENAI para que os produtos da rede, tanto em tecnologia como em educação, sejam sempre aderentes à necessidade industrial. O SENAI promove discussões e se reúne com as empresas para ouvir delas os perfis profissionais que precisam e os conhecimentos necessários a esses perfis, entre outras demandas”, observa Rodrigo Mello. “A presença de grandes atores com atuação de amplitude nacional e global na atividade, para tratar da evolução dos produtos ofertados pelo SENAI no Brasil, certamente enriquece o trabalho”.
A instrutora do SENAI-RN nas áreas de energias renováveis e automação industrial, Jeane Ribeiro, representa o CTGAS-ER na programação e explica que a discussão envolve desde cursos de curta duração até especializações tecnológicas nas áreas de energia eólica, solar, biomassa e hidrelétrica. “Nesta segunda-feira, estamos fechando o cronograma para trabalhar os perfis com o Comitê e discutindo questões relacionadas aos cursos técnicos e de qualificação oferecidos pela rede”, disse ela.
As reuniões do Comitê, neste mês, prosseguem até sexta-feira, dia 26, e novos encontros estão programados até agosto. “Existe uma preocupação do SENAI em ser assertivo no perfil profissional de conclusão dos nossos alunos. Cada curso é desenvolvido de acordo com as necessidades do setor que vai empregar o profissional, o que traz confiabilidade para nossos alunos e alunas e para nós a segurança de que estamos capacitando de acordo com as reais necessidades do mercado de trabalho”, frisa Rúbia Mara Lahm Santos, coordenadora de educação do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, complexo que engloba, em Natal, o CTGAS-ER, os Centros do SENAI voltados à moda, alimentos (SENAI/Clóvis Motta) e à construção civil (SENAI/Flávio Azevedo).
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