Como parte da Semana Fashion Revolution, o SENAI Moda promoveu na última sexta-feira (28) a oficina “Descrevi Pra Você: Melhores práticas para uma Comunicação Acessível”, ministrada por Thiago Cerejeira e Jéssica Cerejeira, que apresentaram formas de como se comunicar no mundo tecnológico em que vivemos de forma que pessoas com deficiência visual também sejam incluídas nesse processo de comunicação.
O palestrante ressaltou a importância de uma comunicação acessível. “As plataformas, sites e a veiculação de conteúdo tem que estar com acessibilidade. Nas redes sociais, principalmente”, disse. Segundo ele, o público com deficiência visual é usuário do recurso da áudio discrição. “É fundamental o acesso à comunicação e interagir com os conteúdos”, comentou.
Ele esteve acompanhado do áudio descritor Kim Arouca, que conversou com o público a respeito dessa forma de comunicação mais acessível. “Sempre é possível dar mais acessibilidade. Depende da vontade de quem vai desenvolvê-la”, declarou.
A supervisora pedagógica do SENAI Moda, Geiza Revorêdo disse que todas as palestras ministradas ao longo da Semana Fashion Revolution foram pensadas na perspectiva de que os participantes entendam o contexto que foi trazido. “O SENAI tem trazido essa questão da acessibilidade uma vez que o público que consome moda mudou de uns anos para cá. Além disso, há a preocupação com a sustentabilidade e a ética profissional”, afirmou.
Instrutora de Moda do SENAI-RN e docente embaixadora do movimento Fashion Revolution pelo SENAI-RN, Jéssica Cerejeira, disse que trazer uma oficina como essa sobre acessibilidade para o SENAI é também incentivar outras empresas para desenvolver um site acessível. “Esse público existe. É preciso pensar neles também na hora de fazer o marketing”, comentou.
Ela destacou que é preciso trabalhar a acessibilidade, uma vez que não se pode falar em moda sem falar em todas as pessoas. “A oficina é para as pessoas conhecerem, aprenderem e usarem esses recursos em suas marcas”, citou.
Com relação à forma a postura dos participantes depois da oficina, Cerejeira acredita que vão sair com o “pensamento diferente para que as pessoas possam ter acesso à informação naquele conteúdo”.
Outro ponto levantado por ela é que essas pessoas com deficiência tenham autonomia de escolher suas peças de roupa nas plataformas de e-commerce. “Sabemos que de um tempo para cá, cresceu muito as vendas por essa forma de compra e venda. E é preciso incluir esse público de forma adequada.”, afirmou.
Participante do curso, o advogado de Moda Sérgio Lima lembrou que “tudo se resume à comunicação verbal ou não verbal” e que é importante para qualquer pessoa que esteja dentro do mercado saber se comunicar de forma mais acessível. “Toda a comunicação se baseia em como o outro vai receber, entender e interpretar sua mensagem”, definiu.
A estudante do curso de Design de Moda Mariana Corsino lembrou que a moda é uma “manifestação individual seja da identidade visual ou até mesmo da personalidade”. Ela alertou para a necessidade de alinhar essa expressão artística com a acessibilidade de forma a trazer e aproximar esse público. “Moda é para todos”, resumiu.
Após o curso, a estudante revelou que vai ter mais empatia com outras realidades e as limitações das pessoas. “Não pensar somente no que a massa pensa, mas levar em consideração as pessoas com deficiência”, concluiu.
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