A construção de um Instituto multi institucional no Brasil, para o desenvolvimento de soluções voltadas à transição energética e à biodiversidade a partir das riquezas da Amazônia, foi discutida nesta quinta-feira (08), em Brasília, por executivos do SENAI e o senador Davi Alcolumbre, apoiador da proposta.
A reunião, realizada no Senado, contou com a participação do diretor geral do SENAI Nacional, Gustavo Leal, do superintendente de Tecnologia da instituição, Roberto Medeiros, do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e do Conselho Regional do SENAI-RN, Roberto Serquiz, do diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello, e do coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) do ISI-ER, Antonio Medeiros.
O Instituto da Margem Equatorial Brasileira, como foi batizado o futuro complexo, será implantado no estado do Amapá pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, sediado no Rio Grande do Norte e principal referência do SENAI no Brasil para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo novas tecnologias em hidrogênio e combustíveis avançados.
Avanços
“A nossa parceria com o Instituto SENAI de Inovação, do Rio Grande do Norte, está sendo fundamental para termos condição de levar para o Amapá o conhecimento técnico-científico de um Instituto que já deu certo no Nordeste brasileiro e que, com certeza absoluta, vai ajudar a potencializar nossas riquezas regionais com esse olhar do conhecimento, da ciência, da tecnologia, da inovação, pensando no Brasil que nós queremos, a partir da agenda ambiental estabelecida pela humanidade”, destacou Davi Alcolumbre, citando a reunião como “muito produtiva e fundamental para o processo de desenvolvimento econômico da Amazônia, do Norte do Brasil e do Amapá”.
“Com certeza absoluta, para o nosso centro de inovação do Amapá, a relação que nós estamos construindo com as instituições e com a política, com o governo do estado, com o governo federal e com o SENAI, está sendo fundamental para que a gente possa prover o Amapá de conhecimento, de mão de obra qualificada, de expertise, num assunto que é relevantíssimo para a humanidade, que é a proteção da nossa riqueza ambiental, a preservação desse ativo, e transformar esse ativo em riqueza para a sociedade brasileira e para os Amazonas”, acrescentou o senador.
Gustavo Leal, diretor geral do SENAI, observa que “a ideia de desenvolver um projeto contemplando o bioma amazônico, que transforme tudo aquilo em novos processos, novos produtos, a partir do suporte e do apoio do ISI de Energias Renováveis, é uma fronteira interessante que se abre e mostra o nível de maturidade em que se encontra o Instituto do Rio Grande do Norte”.
Para o presidente da FIERN e do Conselho Regional do SENAI-RN, ao qual o ISI-ER é vinculado, a reunião com o senador foi “proveitosa, numa convergência de ideias e de interesses” que fortalece uma parceria estratégica para o Brasil, em que o SENAI-RN, através da sua expertise, do seu centro de tecnologia de energias renováveis e instituto de inovação, fará a implementação de um instituto desse mesmo porte, no Amapá”.
“É uma parceria importante para o Brasil, porque da mesma forma que o Rio Grande do Norte utiliza bem as energias renováveis, tem a qualidade de desenvolvimento de estudo e pesquisa, e fará o mesmo no estado do Amapá, utilizando toda a potencialidade da Margem Equatorial, para que, assim, esses dois estados possam colaborar com todo esse momento de descarbonização do planeta e transição energética”.
O Instituto da Margem Equatorial Brasileira deverá adotar um modelo de operação “multi institucional, agregando universidades, institutos de pesquisa, Institutos de Inovação do SENAI e empresas que tenham interesse no investimento e no resultado voltados à sociedade, a partir da riqueza amazônica”, explica o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello. “Certamente”, disse ele, “ali nascerá um Instituto que impactará muito positivamente o meio ambiente, para uma transição energética justa, respeitando a biodiversidade do Brasil”.
Texto: Renata Moura
Foto: Divulgação ISI-ER
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