A equipe Guerreiros Space-Time foi a campeã do Grand Prix de Inovação 2018. O grupo multidisciplinar formado por estudantes do Espírito Santo, Goiás, Paraná, Minas Gerais e Paraíba convenceu o júri de que as propostas apresentadas eram as melhores soluções para os desafios lançados pelas empresas. A divulgação dos vencedores ocorreu na tarde deste domingo (8).
De quinta à domingo os estudantes ficaram confinados por 30 horas pensando em respostas para os desafios lançados por quatro empresas de diferentes segmentos. Para a siderúrgica Gerdau, os participantes deveriam apresentar respostas de como melhorar a comunicação com os colaboradores em temas de saúde, segurança e meio ambiente. De acordo com o estudante Emmanuel Alves Plácido, 18 anos, a saída pensada pelo grupo foi criar um sistema de resolução diminuindo a influência humana. “A gente buscou colocar um cálculo preciso que criasse um padrão. Além disso, apostamos em animações e mais praticidade no sistema deles”.
À montadora Fiat Chrysler Automobiles (FCA), os grupos tinham que propor um novo modelo de negócio para comercialização dos veículos novos, atendimento no pós-vendas e experiência do consumidor. O estudante Guilherme Henrique Costa de Freitas, 16 anos, explicou que a equipe propôs um novo estilo de concessionária e de test drive.“Os carros vão ficar posicionados de forma estratégica na cidade e os clientes poderão ter acesso. Para isso, eles devem se cadastrar no site da FCA”, esclareceu.
“Depois, a FCA pode usar essas informações e, em um futuro próximo, produzir um carro com os principais pontos indicados pelos clientes”, complementou o aluno. Para Guilherme, o segredo da vitória da equipe foi a criatividade. “Foi sensacional ganhar. A equipe toda era muito tímida e a gente tinha que ter algum diferencial”.
SAÚDE FUNCIONAL – O desafio dado pela companhia de bebidas Ambev foi o de aumentar e medir o engajamento dos funcionários nos assuntos relacionados à sua saúde. A solução encontrada pela equipe foi criar um aplicativo com leitura de QR Code. Pela proposta, cada vez que o funcionário fizer alguma atividade em prol de sua saúde – como alimentação e exercícios físicos -, ele deve passar o código QR Code e as informações serão enviadas à empresa.
Além disso, pelo aplicativo será possível enviar o Código Internacional de Doenças (CID) em caso de afastamento para que a empresa tenha informações sobre o laudo médico. “A gente focou no engajamento: cada vez que o funcionário usa o aplicativo, ele gera pontos e essa pontuação pode dar prêmios e até mesmo ser um requisito em caso de promoção”, explica Julyana Muniz Xavier, 16 anos.
Já a empresa de softwares Dassault Systems pediu para que os competidores apresentassem soluções de como otimizar sistemas de transportes para pessoas com deficiência levando em consideração peso, custo e mobilidade. A equipe criou um acessório um acessório para ser acoplado à cadeira de rodas de pessoas com dificuldade de mobilidade. Assim, elas poderão subir escadas ou ficar à altura de uma pessoa em pé. Para a apresentação, o grupo usou um protótipo feito em 3D. “A gente teve cinco ideias até chegar nessa”, contou Maria Clara Severino da Silva, 18 anos.
QUALIDADE– O júri para avaliação do Grand Prix foi composto por representantes das empresas participantes do evento. Eles se mostraram surpreendidos com a qualidade das propostas apresentadas. “Fiquei impressionada com a maturidade que os alunos apresentaram. Muitos chegaram a resultados que estamos desenvolvendo na empresa”, comentou Andressa Teles, representante da Gerdau.
Para Felipe Morgado, gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, o Grand Prix trouxe a qualidade do ensino desenvolvido nas escolas de Educação Básica Articulada com a Educação Profissional (EBEP) – os alunos estudam em um período o ensino médio no SESI e, no outro, fazem curso técnico no SENAI. “Podemos ver como a instituição está se preparando para a escola do futuro”, afirmou.
PREMIAÇÃO – A equipe vencedora ganhou uma viagem de três dias para Recife (PE) e uma visita ao parque fabril da FCA. A segunda posição recebeu um curso de até R$ 2 mil para cada um dos componentes do grupo. Os que ficaram em terceiro lugar poderão escolher qualquer curso de formação no valor de até R$ 1 mil.
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