O mercado de energia eólica offshore do Brasil tem potencial promissor e o Rio Grande do Norte desponta como uma das zonas mais propícias aos investimentos. O novo mercado promete um salto na produção energética e na geração de empregos no país, com destaque para o estado – que já lidera a geração eólica em terra, onshore -, mesmo considerando que a produção de energia na costa brasileira deva começar em 2028. Até lá, atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico relacionadas à atividade serão intensificadas.
No RN, o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) lidera iniciativas em pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovação voltados para atender as demandas da indústria do setor. Uma reunião realizada, nesta quarta-feira (16), entre o ISI-ER e a Empresa Gerencial de Projetos Navais da Marinha do Brasil (Emgepron), na sede da empresa no Rio de Janeiro, tratou de projetos e futuras parcerias para viabilizar a exploração de energias no mar.
O encontro reuniu o diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), Rodrigo Mello, o diretor presidente da Emgepron, Edesio Teixeira Lima Júnior, o almirante Flávio Macedo Brasil, diretor técnico-comercial da Emgepron, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Augusto de Moura, e o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do ISI-ER, Antônio Medeiros.
O ISI-ER É referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade. Sendo a primeira instituição no Brasil a medir em campo o potencial de geração eólica offshore e mantém projetos em expansão nessa e em outras frentes de investimentos.
O diretor do ISI-ER apresentou projetos já realizados e que estão sendo executados no RN por meio do Instituto. E destacou a expertise da Engeprom, que tem a responsabilidade de desenvolver a economia do mar e apoiar estrategicamente às Forças Armadas e o patrimônio da costa brasileira, além de gerenciar tecnologias em embarcações e desenvolver projetos estratégicos para o país.
“A Emgepron irá enriquecer as parcerias do ISI-ER no desenvolvimento de soluções para o offshore, na regulamentação das ações produtivas no ambiente marinho e no fortalecimento de toda a economia do mar”, ressalta Rodrigo Mello.
O almirante Flávio Macedo Brasil, diretor técnico-comercial da Emgepron, destacou a sua satisfação ao tomar conhecimento de todas as ações que o ISI-ER. “As iniciativas que o Instituto de Energias Renováveis do SENAI no Rio Grande do Norte está desenvolvendo têm uma ligação muito forte com uma das nossas estratégias que é de explorar a economia no mar. Vemos uma possibilidade muito grande de parceria no futuro com muitas oportunidades de negócios”, ressaltou.
O fator de capacidade brasileiro para projetos eólicos em alto-mar ainda está em estudo, no entanto, há indicativos de que o potencial poderá ultrapassar os 35% estimados para o offshore na Europa, uma vez que parques instalados em praias do Nordeste brasileiro apresentaram fator de capacidade próximo a 50%, em 2021.
Também participaram do encontro, os executivos da Emgepron Alexey Bobdroff, Rogério Braz de Almeida, André Gabriel Sochaczewiski e R Medeiros Filho.
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