Representantes da Cooperação Técnica Alemã para o desenvolvimento sustentável (na sigla alemã GIZ) e do Centro de Pesquisas Aeroespaciais da Alemanha (DLR) discutiram, nesta terça-feira (17), em Natal, possibilidades de cooperação e projetos com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

 

Soluções que o Instituto tem desenvolvido para o Brasil e o mundo a partir do Rio Grande do Norte, em frentes como hidrogênio, tecnologias em hidrocarbonetos e biocombustíveis foram os pontos centrais do encontro, realizado na sede do Instituto, em Natal.

 

A visita das instituições está atrelada à programação do 2º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV), que reúne especialistas do Brasil e de outros países até esta quarta-feira (18), na capital. 

 

Um grupo formado por pesquisadores/as, professores/as e outros/as representantes de universidades, empresas e agências brasileiras participantes do evento também conheceu as instalações do Instituto, no início da semana.

 

Na programação do Congresso, o ISI-ER vai apresentar palestra sobre o novo momento do hidrogênio a partir de fontes de energia renováveis e o projeto de produção de Combustível Sustentável de Aviação, em desenvolvimento com a GIZ (Clique aqui para saber mais sobre o projeto e aqui para saber mais sobre a programação do evento).

 

Internacionalização

A recepção à missão de congressistas alemães e discussões travadas com a comitiva sobre possíveis cooperações na área de PD&I estão alinhadas ao Plano de Internacionalização do ISI-ER, que está em vigor desde o final de março e pretende impulsionar o intercâmbio de pesquisadores/as, criar e expandir mercados para a instituição fora do Brasil.

 

 

“O estado alemão já é um parceiro antigo do SENAI no Rio Grande do Norte em atividades de PD&I e educação e, neste momento, em que o mundo discute a diminuição de gases do efeito estufa e a necessidade de uma matriz energética mais limpa, nós temos a grata satisfação de receber essa nova missão, de pessoas interessadas em biocombustíveis, em hidrogênio e em perspectivas de desenvolvimento de soluções em conjunto  para tratar do tema dentro dos nossos laboratórios, com os nossos profissionais da pesquisa”, disse o diretor regional do SENAI-RN, do ISI-ER e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), Rodrigo Mello.

 

Pesquisadores/as do ISI-ER estão à frente de estudos pioneiros na costa do Brasil para medir o potencial de geração de energia eólica offshore e, há aproximadamente 10 anos, estudam rotas alternativas de produção de hidrogênio – aquelas que não geram emissão de carbono no processo industrial – assim como se debruçam sobre soluções para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis. Mello guiou o grupo em uma apresentação sobre as principais linhas de pesquisa e projetos realizados pelo Instituto até agora.

 

A infraestrutura em operação para desenvolvimento de um novo combustível sustentável para a aviação no Brasil também foi apresentada aos especialistas da Alemanha.

 

Sustentabilidade

 

O projeto de produção de Combustível Sustentável de Aviação é executado pelo ISI-ER por meio de parceria entre o SENAI e a GIZ – uma das instituições visitantes nesta terça.

 

A iniciativa foca em soluções não só para o país, mas para o mundo, observou Tina Ziegler, diretora do projeto Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos (ProQR), da GIZ, no Brasil – e uma das integrantes da comitiva. Marcos Costa, coordenador do projeto pela GIZ,  também participou do encontro, junto com a coordenadora do projeto pelo Instituto SENAI e pesquisadora, Fabiola Correia, com o pesquisador líder do laboratório de Sustentabilidade do Instituto, Juan Ruiz, e com pesquisadores/as bolsistas e técnicos integrantes do trabalho.

 

Cooperação

Possibilidades de fortalecimento ou construção de parcerias entre o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis e as instituições visitantes estão em discussão. 

 

“É interessante ver o portfólio de trabalhos e o histórico do Instituto. Há muitos campos em que podemos cooperar”, ressaltou o gerente de Projetos do Departamento de Análise de Sistemas de Energia do Centro de Pesquisas Aeroespaciais da Alemanha (DLR), Jürgen Kern, durante a passagem pelas instalações do ISI nesta terça-feira. “Nós podemos impactar a ciência com conhecimentos conjuntos”, acrescentou.

 

Andreas Meuren, também do DLR, o consultor alemão na área de biocombustíveis, Dietmar Posselt, e a assessora técnica da GIZ, Barbara Borges, também participaram da visita.

 

Na segunda-feira, por sua vez, estiveram no ISI representantes da Universidade de Pernambuco (UPE), das universidades federais de Campina Grande (UFCG), do Rio Grande do Norte (UFRN), de Pernambuco (UFPE), e do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

 

Representantes do Vamtec Group, que tem planos de investimentos que envolvem o Rio Grande do Norte – e que está presente hoje no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, na Bahia e nos Estados Unidos – também estiveram presentes. 

 

“Viemos ao Instituto conhecer soluções e entender mais sobre o mercado de biocombustíveis, em que temos interesse de entrar”, disse Ariel Varella, um dos sócios majoritários do grupo, acompanhado pelo diretor de óleo e gás, Fernando Fabris, e pelo consultor técnico e professor da UFRJ, Donato Aranda. Atualmente, o Vamtec tem negócios em áreas como fertilizantes, mineração, siderurgia, petróleo e gás.

 

SOBRE O ISI-ER

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) é a principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade. A instituição faz parte da maior rede privada de institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação criada no Brasil para atender as demandas da indústria, composta por 26 Institutos SENAI de Inovação. A Rede tem como foco a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Desde que foi criada, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em 1.332 projetos de PD&I. 

 

Veja abaixo galeria com outras imagens das visitas: