FIERN e Associação de Hidrogênio Verde do Chile dão início a cooperação sobre produção deste novo combustível

20/09/2021   18h34

 

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales, e o presidente da Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE) da FIERN, Sérgio Freire, reuniram-se nesta segunda (20) com o representante da Embaixada do Chile, Diego Araya, e com o diretor da Associação Hidrogênio Verde do Chile (H2Chile), Erwin Plett.

 

O objetivo do encontro virtual foi tratar de estratégias para a produção de hidrogênio verde, fonte de energia apontada em todo mundo como solução ambiental e econômica, e vem sendo tema de pesquisas e estudos no Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), no Rio Grande do Norte.

 

A reunião contou com a participação do diretor regional do SENAI-RN, Emerson Batista, e do diretor do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, Rodrigo Mello. Em uma exposição sobre o trabalho desenvolvido pelo ISI-ER, Rodrigo Mello relatou que já foram iniciados estudos em torno da produção de hidrogênio a partir de diversas matérias-primas.

 

“Já tivemos trabalhos concluídos e entregues a empresas como a Petrobras sobre as potencialidades para a produção deste tipo de energia”, disse. Para o diretor do ISI-ER, os países do Hemisfério Sul, como Brasil e Chile, terão neste combustível uma oportunidade de gerar ocupação e distribuir riquezas.

 

Erwin Plett fez uma apresentação sobre Associação H2Chile, fundada em 2018, e já composta por dezenas de empresas interessadas na produção desse tipo de energia, e sobre o potencial do Chile para tornar-se um país exportador de hidrogênio verde.

 

“Queremos substituir o combustível fóssil que hoje o Chile importa por hidrogênio verde produzido por nós”, explicou. Ele destacou que há um grande interesse daquele país, neste momento, em preparar mão de obra para atuar na futura produção do hidrogênio verde. “Temos a preocupação inicial de formar capital humano”, ressaltou.

 

O presidente da COERE, Sérgio Freire, disse que Brasil e Chile estão quase na mesma etapa para dar início a uma atuação na produção deste tipo de energia, onde ainda não existem “fortes especialistas” nessa nova área. “Estamos em realidade bem parecidas. Precisamos aprender e começar o trabalho”, comentou. Freire fez questionamentos aos chilenos relacionados à proteção ambiental e à segurança jurídica para a produção deste novo combustível.

 

Já o presidente da FIERN, Amaro Sales, destacou o avanço nas tratativas entre a Federação e a Embaixada do Chile, que vêm convergindo para assuntos relacionados à inovação, pesquisa e preocupação ambiental. “Estamos nos credenciando, a cada dia mais, para priorizar a inovação e a pesquisa. Fico muito satisfeito que tenhamos com vocês um excelente canal de entendimento aberto, um ambiente de cooperação mútua, neste momento em que o mundo se debruça em cima da preocupação ambiental e no Chile está criada uma política nacional de incentivo à produção do hidrogênio verde”, destacou.

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