Em visita ao ISI-ER, diretor da Embrapii aponta energias renováveis como “bola da vez” e importância da inovação

19/12/2022   16h06

Carlos Eduardo Pereira, da Embrapii, discutiu inovação e potenciais do setor com o diretor do SENAI-RN e do ISI, Rodrigo Mello, e com pesquisadores do Instituto

 

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) anunciou, em Natal, que quer expandir a atuação com projetos focados em energias renováveis e novas tecnologias como o hidrogênio. 

 

Em visita ao Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) voltada a energia eólica, solar e sustentabilidade, o diretor de operações da Empresa, Carlos Eduardo Pereira, disse que o tema “é a bola da vez”.

 

“A Embrapii analisa que o Brasil tem condições de ser líder nessa área e a inovação entra como algo que vai permitir que se avance mais no processo”, frisou ele. “Estamos falando de uma área que virou estratégica. E nós, que temos uma parceria muito forte com o SENAI, a níveis nacional e regional, podemos trabalhar em projetos específicos com o Instituto. Há várias oportunidades para trabalharmos juntos”, disse, apontando “o hidrogênio verde, sem dúvida, como um dos temas em que há interesse em atuar em conjunto”.

 

A Embrapii é uma Organização Social qualificada pelo Poder Público Federal que, desde 2013, apoia instituições de pesquisa tecnológica fomentando a inovação na indústria brasileira. 

 

A organização mantém contrato de gestão com os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações; da Educação; da Saúde; e da Economia. No Rio Grande do Norte, opera por meio de parcerias com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do estado (IFRN) –  na área de mineração, em Currais Novos, em projeto que objetiva o aproveitamento de resíduos para gerar outros produtos – e do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).

 

A atuação regional e nacional com foco em energia é apontada pelo diretor como tímida atualmente, mas com expectativa de expansão. Eficiência energética, fontes renováveis de energia e hidrogênio estão entre as frentes em que a organização já se movimenta. 

 

A missão, segundo a Embrapii, é apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em selecionadas áreas de competência, para que executem projetos de desenvolvimento de pesquisa tecnológica para inovação, em cooperação com empresas do setor industrial.

 

O Laboratório de Energia Solar e outros que integram a infraestrutura do ISI-ER foram visitados pelo diretor da Empresa (à esquerda), durante agenda em Natal

 

Potenciais

O diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello destacou, durante a visita de Pereira, os potenciais do Rio Grande do Norte e da Margem Equatorial do Brasil na área e os trabalhos que o Instituto SENAI tem desenvolvido junto à indústria – e por meio de acordos de cooperação com governos e instituições nacionais e estrangeiras.

 

“Esse é o início de um relacionamento, também dentro da estratégia do ISI de expansão de linhas de financiamento e de desenvolvimento de novos projetos”, disse Rodrigo Mello. “Espero que essa reunião tenha sido um ponto de partida, o marco zero do que está por vir em  perspectiva de novos projetos e novas fontes de financiamento para projetos do setor industrial”, acrescentou. 

 

O assunto PD&I, ressaltou o diretor, está em expansão no Brasil e o país precisa desenvolver mais fontes de financiamento para apoiar iniciativas nesse contexto. 

 

“Então enxergar a Embrapii, que é uma fonte importante, que é uma presença firme do governo federal no assunto pesquisa, desenvolvimento e inovação, encarando o Nordeste como área estratégica para sustentabilidade, para o cumprimento de compromissos de carbono zero, de um ambiente mais limpo, de energia renovável, e querendo participar disso de forma mais intensa, traz, sem dúvida, perspectivas muito promissoras”, disse.

 

Carlos Eduardo Pereira destacou que as regiões Norte e Nordeste têm papel relevante no portfólio da Empresa, mas os projetos de energias renováveis ainda são pequenos, face ao potencial que existe. “Sem dúvida, há perspectiva de crescimento e um dos objetivos de estar aqui é justamente provocar as indústrias para que também se envolvam mais para desenvolver essas tecnologias”, complementou ainda.

 

O diretor da Embrapii conheceu as principais linhas de atuação do ISI, projetos e infraestrutura de laboratórios. Juan Ruiz, pesquisador líder do laboratório de Sustentabilidade do Instituto, Samira Azevedo, pesquisadora líder do laboratório de energia solar, e o presidente da Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia (COINCITEC) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Djalma Barbosa da Cunha Júnior, também participaram do encontro. 

 

Em Natal, Pereira também participou da 6ª reunião ordinária da COINCITEC, onde apresentou o modelo Embrapii e resultados alcançados pela Organização. 

 

Djalma Barbosa da Cunha Júnior (à esquerda), Carlos Eduardo Pereira e Rodrigo Mello, no Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis

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