A participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Norte (SENAI-RN) no desenvolvimento do primeiro buggy elétrico brasileiro e a criação da Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais foram temas de destaque na reunião do Conselho Regional do SENAI-RN. O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (1º), na Casa da Indústria, sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).
O protótipo do buggy, desenvolvido em parceria com a indústria automobilística Selvagem, foi apresentado na quinta-feira passada, 25 de agosto, no Workshop Brasil-Alemanha de Veículos Elétricos. O desenvolvimento do projeto faz parte do Projeto Verena, que o SENAI-RN e o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) executam no Brasil desde 2018, com a Câmara de Indústria e Comércio da cidade de Trier (EIC Trier), da Alemanha. O projeto do veículo é liderado pelo CTGAS-ER, e realizado em parceria com especialistas alemães e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Somado a isso, a criação da Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do SENAI-RN foi aprovada pelo Ministério da Educação. A instituição, que deve iniciar as operações já no primeiro semestre de 2023, surge com objetivo de formar profissionais voltados às demandas da indústria de energias renováveis.
O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, que também preside o Conselho do SENAI-RN, enaltece a relação entre a nova faculdade e a predominância do Rio Grande do Norte na indústria de energias renováveis.
“Somos pioneiros na criação de uma instituição desse tipo, o que é excelente, tendo em vista o protagonismo do nosso estado no setor de energias renováveis”, ressalta. “Precisamos formar mais e mais pessoas nessa atividade crescente. A eletromobilidade, por exemplo, é algo que vai acontecer em breve, então precisamos pensar em soluções e infraestrutura para carros elétricos e híbridos nas estradas”, completa.
Sobre o desenvolvimento do protótipo do buggy elétrico, o presidente destaca a possibilidade de restabelecimento da Selvagem no mercado automobilístico. “Fiquei muito feliz por termos feito essa parceria com uma das indústrias pioneiras na produção de buggy no Brasil, que é a Selvagem. Essa novidade possibilita uma retomada na atividade de montagem de buggys “, declara Amaro.
O diretor primeiro-tesoureiro da FIERN, Roberto Serquiz, que integra o Conselho Regional do SENAI-RN, também elogia a participação no projeto do buggy elétrico. “Foi muito feliz a escolha da Selvagem, que é a única indústria automobilística do nosso estado, como parceira. Agora, um grande desafio é aprimorar o protótipo para a produção em série, pensando no aumento da autonomia, a viabilidade econômica e outros detalhes importantes”, frisa Serquiz.
O diretor de Operações do SENAI-RN, Emerson Batista, apontou os próximos passos no projeto e comentou que haverá uma importante demanda pelo produto. “Partimos agora para os segundos aspectos de reforço e estudo do equipamento, como tração, força e aceleração, de forma que ele tenha desempenho igual ou melhor ao modelo movido a combustão nas dunas e atividades urbanas”, explica. “O grande foco desse projeto de buggy elétrico é atender a ilha de Fernando de Noronha, que a partir de 2026 não aceitará mais carros movidos a combustão, então é uma iniciativa que envolve tanto o aspecto legal quanto o turístico”, complementa.
Nacionalmente, o SENAI está consolidado como o maior complexo de educação profissional da América Latina, cujos resultados são expressos através de números e de sua capacidade de adequar-se às demandas técnicas e tecnológicas do mundo moderno. No Rio Grande do Norte, o SENAI foi criado em 1953, como resultado das necessidades de formação de pessoas qualificadas para atender a indústria, cujos cursos eram realizados nas instalações da antiga Escola Industrial de Natal. Ao longo de sua existência o SENAI-RN vem desenvolvendo ações pautadas em objetivos estrategicamente definidos para atender a evolução da indústria do estado, visando contribuir para o aumento da qualidade e produtividade das empresas industriais.
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