Em uma ação inédita no Brasil, foi lançada hoje (15) a Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais (Faeti), em Natal. A iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RN) une dois eixos estratégicos para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira: educação e transição para uma economia de baixo carbono.
Nascida no estado que tem a maior capacidade instalada em energia renovável da fonte eólica, a Faeti tem como objetivo atender a uma lacuna de mercado por profissionais qualificados para atuar no setor. Nesse sentido, o primeiro curso ofertado será o de engenharia mecânica, com duração de 5 anos. Segundo Rodrigo Mello, diretor regional do Senai-RN e da Faeti, a expectativa é de que a primeira turma seja bem plural, com perfis e níveis profissionais diversos.
“Acreditamos que vamos reunir profissionais que já estão empregados na área; pessoas que têm interesse em energias renováveis; jovens que acabaram de concluir o ensino médio; profissionais que precisam se reposicionar na sua vida profissional; pessoas do Nordeste e de outras regiões do país. Enfim, acho que essa turma terá um perfil bem plural, tanto no perfil das pessoas como em sua origem, gerando uma riqueza na discussão e no caminhar da apropriação do conhecimento sobre engenharia mecânica”.
Mello também explica que existem ótimos profissionais formados nas instituições regulares, mas que, ao sair do banco da faculdade, eles não estavam prontos para sentar no banco da indústria, na função de engenheiro. “Havia um tempo grande de preparação e de maturidade desse recém-formado. A gente pretende encurtar esse tempo com a metodologia que estamos fazendo nascer aqui na Faeti”.
Conforme pontua no documento Mapa Estratégico da Indústria, a educação é um dos eixos prioritários definidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o desenvolvimento de uma nova indústria no Brasil. Para a instituição, quando alinhada às demandas da indústria, a educação desempenha papel transformador para a modernização e o desenvolvimento industrial brasileiro.
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) e do Conselho Regional do Senai, Roberto Serquiz explica que a busca por alternativas para mitigar o aquecimento global tem feito das energias renováveis um mercado em expansão e um caminho a ser perseguido, com grande potencial a ser desenvolvido.
“A chegada da Faeti em nosso estado é estratégica. O Rio Grande do Norte tem um centro de referência nacional em energias renováveis, o qual faz pesquisas e estudos para todo o país. A Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais vem se somar a esse esforço no sentido de qualificar profissionais que vão acompanhar a evolução do processo de geração de energias renováveis e, assim, contribuir não só com o Brasil, mas com o mundo na transição energética”.
A Faeti marca a expansão das ações do Senai-RN para o setor de energias renováveis. A instituição vai funcionar em Natal, capital do Rio Grande do Norte e sede nacional dos centros de referência do Senai para formação profissional, inovação e pesquisa aplicada para a área (o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGAS-ER e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis – ISI-ER). A portaria de credenciamento da Faculdade foi publicada pelo Ministério da Educação em agosto de 2023. As aulas começarão no dia 4 de março.
As inscrições para o processo seletivo estão abertas até 30 de janeiro. Serão ofertadas 45 vagas para a primeira turma, sendo 16 para ampla concorrência (para seleção via nota do Enem ou vestibular); 20 para candidatos vinculados a empresas industriais, 4 para ex-alunos do SESI e 5 para colaboradores ou familiares de colaboradores do Senai-RN, por meio do Programa de Desenvolvimento de Pessoas da instituição. A mensalidade será de R$ 1.549,66, com política de descontos prevista de acordo com o perfil dos candidatos.
Para o futuro, há a expectativa de lançamento de outros cursos, como engenharia elétrica, e de pós-graduações voltadas ao ambiente industrial. “Eu acho que a faculdade era o que faltava na atuação do Senai quando a gente pensa em formação de pessoas e tecnologia para um setor que muito se desenvolve no Rio Grande do Norte, no Nordeste e no Brasil. Além disso, é um tema que a sociedade tem discutido dia a dia, buscando um mundo mais confortável para que as próximas gerações possam conviver”, sintetiza Mello.
Sobre o Projeto Indústria Verde
O Indústria Verde é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apresentar as contribuições da indústria brasileira à agenda ambiental. A indústria é parte da solução no desenvolvimento sustentável. O setor produtivo é um dos pioneiros a assumir a responsabilidade de estimular a implementação dos compromissos climáticos no país.
Saiba mais sobre o Indústria Verde no site do projeto e nas redes sociais: https://linktr.ee/industria.verde
Texto: Indústria Verde
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