O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, se reuniu com o gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Márcio Guerra Amorim, para tratar da inclusão do MAIS RN entre as iniciativas estaduais interligadas ao Observatório. O encontro, na Casa da Indústria, aconteceu na tarde desta quarta (10), após almoço com o gerente, diretores e gestores da FIERN.
Pela manhã, Márcio Guerra Amorim esteve com a equipe do MAIS RN e conheceu um pouco mais dessa iniciativa desenvolvida pela Federação, que é um núcleo de planejamento estratégico e contínuo que celebra oito anos em 2022.
Amaro Sales lembrou que a ideia é de que o MAIS RN funcione em integração com o observatório. “É a prioridade da nossa gestão esse projeto porque é algo que irá ultrapassar o tempo e ficar não somente para a indústria, mas para o Rio Grande do Norte”, declarou. Ele lembrou que o Observatório Nacional da Indústria chega em uma boa hora. “Uma decisão acertada do presidente da CNI criar esse Observatório Nacional e estabelecer a conexão com as federações”, comentou.
Amaro Sales ressaltou que a intenção da FIERN é de se envolver ao máximo neste projeto, contribuindo com as estratégias já traçadas no Mais RN. “Tem muita coisa a ser construída em conjunto”, disse.
Em sua fala, o gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria elogiou os projetos e ações que têm sido desenvolvidos no MAIS RN. “A impressão que tive é que a estratégia já está bem desenhada aqui. Agora o observatório tem só que fortalecer isso”, analisou.
Ainda segundo Márcio Guerra, existe a estratégia e a prioridade já clara e definida no Rio Grande do Norte. “O desafio é justamente institucionalizar nacionalmente o MAIS RN e criar mecanismos de acompanhamento alinhado do que vai ser deixado de legado para o estado a partir dessas ferramentas”, disse.
Ele informou que a ideia é trazer uma das três Federações (Ceará, Santa Catarina e Paraná) que já atuam junto ao Observatório Nacional da Indústria para ser “mentora” desse trabalho a ser desenvolvido no MAIS RN e ajudar na estruturação. O prazo para desenhar a integração segue até outubro.
O gerente-executivo da CNI frisou a necessidade de novas competências que precisam ser agregadas à nova realidade e citou dados e big data. “Vamos desenvolver juntos o estudo de como juntar isso tudo para atingir os objetivos no RN”, disse.
Sales ressaltou ainda a importância de, com informações do observatório, criar ambientes de negócios em várias áreas. Amaro Sales citou como exemplo de ponto de estudos e atenção do Mais RN o porto-indústria, importante equipamento para o desenvolvimento da economia do estado que, na visão dele, precisa de muita informação que será fornecida via observatório. “O Porto vai trazer para o RN uma grande diferença no que se refere ao Nordeste e Brasil”, disse.
Diretores ressaltam importância da cooperação e inserção na rede da CNI
Para o 1º tesoureiro da FIERN, Roberto Serquiz, o MAIS RN vive um momento importante na alimentação de dados com os termos de cooperação, que já foram assinados com vários órgãos e instituições. “É uma coisa nossa, do RN, pelo relacionamento que existe com diversos órgãos como os ligados à questão ambiental, e também como que a Secretaria de Tributação, que vão ajudar nesse trabalho de modelo único”, afirmou.
Márcio Guerra elogiou a FIERN nesse aspecto. “Vocês têm um avanço em relação a outras Federações. A relação que a FIERN tem com a Secretaria de Fazenda [no caso do RN, a Tributação] em buscar solução, ter acesso a dados deles. Em outros estados não se consegue abrir esse diálogo”, analisou.
O diretor 2º secretário Djalma Barbosa da Cunha Júnior perguntou se a entrada no metaverso seria uma tendência. O gerente do observatório comentou que isso é uma transição. “Teu ambiente tecnológico dá habilitação para ir ao virtual definitivamente. É inevitável. Os negócios estão indo para esse caminho”, afirmou.
O diretor do MAIS RN, Marcelo Rosado, questionou se esse momento com o observatório seria também uma espécie de transição para o metaverso, ou como chamou, “uma nova dimensão em que o mundo está entrando”. Guerra respondeu que o observatório já tem um ambiente no metaverso. “Essa é a oportunidade. O projeto físico do ambiente já tem que prever algumas tecnologias que vão facilitar”, disse.
Urgência e compromisso
Já o coordenador do MAIS RN, José Bezerra Marinho, alertou que o RN tem o senso de urgência diante do ambiente de desenvolvimento econômico que se desenha atualmente, e há coisas que não se pode esperar. “Quando a gente fala no compromisso com a sociedade, é preciso considerar que estamos com a retomada dos investimentos em petróleo e gás; chegada da transposição ao Rio Grande do Norte; e, ao mesmo tempo, a questão da energia renovável. Se somar tudo isso, este momento é ímpar e não podemos perder”, declarou.
Marinho sugeriu duas conduções paralelas, harmônicas e integradas: uma é lidar com a realidade presente enquanto a outra vai preparando a parte de projetos para o futuro. “Uma não pode esperar pela outra”, comentou.
O gestor do Observatório Nacional da Indústria citou o “papel fundamental do IEL” para entender demandas dos municípios e em oferecer oportunidades. E a necessidade em se buscar informações nas cidades que o IEL pode contribuir com isso.
Participaram da reunião, além dos já citados, os superintendentes do SESI-RN, Juliano Martins, e do IEL-RN, Juan Saavedra; o diretor de operações do SENAI-RN, Emerson Batista, a gerente de Planejamento, Janaíze Revoredo; de Comunicação, Juliska Azevedo e o gerente do MAIS RN, Pedro Albuquerque.
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