Lideranças de três das principais instituições que compõem o ecossistema de inovação do Rio Grande do Norte defenderam, nesta terça-feira (02), em Brasília, estratégias para impulsionar investimentos e competitividade do estado e do Brasil em novas fronteiras no setor de energia.
As propostas para estímulo a atividades do setor foram apresentadas de forma conjunta por FIERN, Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e SEBRAE-RN ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim. O ministro substituto das Comunicações, Maximiliano Martinhão, também participou da reunião, representando o titular da pasta, Fabio Faria, que está em missão oficial do governo nos Estados Unidos.
Ações estratégicas para o desenvolvimento de pesquisas e oferta de soluções tecnológicas “de grandes dimensões e alta capacidade” – apontadas como cruciais para o desenvolvimento da indústria local e nacional em áreas como a energia eólica offshore, a energia prevista em futuros parques eólicos no mar, foram os pontos centrais da pauta.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, o diretor do ISI-ER e do departamento regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa no RN (SEBRAE-RN), Zeca Melo, e o diretor de operações da instituição no estado, Marcelo Toscano, foram os representantes do ecossistema potiguar de inovação no encontro. A audiência foi realizada no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com a presença também de assessores da pasta.
Oportunidades
“Nós tivemos uma excelente receptividade por parte do ministro e se abrem caminhos para o Sistema FIERN, através do SENAI, e junto com o SEBRAE, fomentar novas oportunidades que dão força ao Rio Grande do Norte e às energias no Brasil”, disse o presidente do Sistema FIERN, da Comissão Temática de Energias Renováveis da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (COERE) e do Conselho Regional do SENAI-RN, Amaro Sales.
O estado, frisou ele, “é líder em produção eólica em terra no país e tem uma possibilidade enorme de grande geração de energia também no mar, assim como de ser destaque na indústria de hidrogênio verde”, o que justifica a discussão de estratégias para impulsionar ainda mais o ambiente favorável.
“Esses são caminhos que potencializam o fortalecimento do setor e o desenvolvimento de uma indústria capaz de atuar de forma mais competitiva em meio à ebulição que esse mercado vive no país”, complementou Rodrigo Mello, do SENAI-RN.
O Rio Grande do Norte, ressaltou ele, é a principal referência do SENAI no Brasil em pesquisa, desenvolvimento, inovação e educação profissional com foco em energias e sustentabilidade e poderá chegar a um novo patamar como provedor de soluções para o desenvolvimento não só potiguar, mas do país.
“O incremento que estamos discutindo em nosso ecossistema de inovação irá facilitar e muito a captação de investimentos e a evolução das ações de inovação que hoje são lideradas pela região Nordeste do Brasil, para o setor de energias renováveis, a partir do Rio Grande do Norte”, diz ele, citando a evolução do ecossistema do estado como “de interesse da nação e oportuna neste momento em que o mundo todo busca oportunidades e soluções na área de energias renováveis e dos combustíveis derivados dela”.
O ministro Paulo Alvim apontou o setor elétrico brasileiro como estratégico no contexto global, considerando a força das energias renováveis. “Nós já éramos a segurança alimentar do mundo e agora, depois da guerra (entre Rússia e Ucrânia) vamos virar também a segurança energética”, frisou ele, mencionando investimentos que o Ministério vem incentivando na área.
O superintendente do SEBRAE-RN, Zeca Melo, observou que ações que objetivam o desenvolvimento do setor significam “fazer desenvolvimento regional na veia”, e impactam diretamente estados como o RN.
“O negócio energia é muito importante para o Rio Grande do Norte. É possibilidade da virada, de botar a gente no jogo com condições de jogar igual a todo mundo”, disse Melo.
A audiência com os ministros durou cerca de 40 minutos e se soma a discussões que o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis vêm travando com outros órgãos ligados ao governo federal relacionadas a inovações e ao progresso tecnológico da atividade.
A expectativa, segundo o ministro Paulo Alvim, é que desdobramentos da audiência sejam anunciados ainda neste trimestre.
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