WindEurope: ISI-ER participa de um dos maiores eventos de energia eólica do mundo

12/04/2022   14h23

Edição 2022 do WindEurope discutiu desafios e necessidade da expansão eólica, novas tecnologias e offshore | Crédito da Foto: © WindEurope

 

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) participou na semana passada de um dos maiores eventos de energia eólica do mundo. O WindEurope 2022 foi realizado em Bilbao, na Espanha, e discutiu questões-chaves para a indústria e a população mundial, principalmente relacionadas à segurança energética.

 

A participação no evento está alinhada ao Plano de Internacionalização do ISI-ER, que está em vigor desde o final de março e pretende impulsionar o intercâmbio de pesquisadores, criar e expandir mercados para a instituição fora do Brasil.

 

“O objetivo da nossa participação foi ver as principais tecnologias, verificar tecnicamente o que está sendo produzido no mundo, entrar em contato com fornecedores e com instituições de pesquisa como a DTU (Universidade Técnica da Dinamarca), que é referência mundial em pesquisa na área eólica e responsável pelo modelo mais usado no mundo para projetos eólicos”, disse Luciano Bezerra, pesquisador líder do Laboratório de Energia Eólica do ISI, representante do Instituto no evento.

 

No encontro presencial com pesquisadores da DTU, Bezerra detalhou o que é o Instituto, os projetos atuais que desenvolve e propôs a negociação de parcerias para trabalhos conjuntos, além de possíveis intercâmbios de conhecimento.

 

“Trazendo cientistas deles ou levando pesquisadores nossos para trabalhos lá. Foi um primeiro contato que vamos amadurecendo”, observou o pesquisador.

 

Offshore
O preço da energia nas alturas e o papel da energia eólica para tornar o insumo mais acessível, além de novas tecnologias no setor e o offshore – a geração de energia eólica com usinas instaladas no mar, já existente na Europa e à espera dos primeiros licenciamentos no Brasil, inclusive para projetos no Rio Grande do Norte – também foram destaques no evento. A programação incluiu palestras técnicas e uma feira de produtos e serviços.

 

“A Europa já tem o mercado consolidado no offshore e está planejando expansão. O Brasil, por sua vez, começa a discutir agora, mas não parte do zero. Parte da tecnologia deles. E como os processos de consolidação da tecnologia no Brasil em geral são demorados, observar como a Europa já vem lidando com essa questão e como pretende ampliar o aproveitamento do potencial existente nos dá uma visão de como devem ser os investimentos tanto em pesquisa quanto em infraestrutura no mercado brasileiro”, destaca Bezerra.

 

Referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade, o ISI-ER tem diversos projetos voltados ao offshore e equipe pioneira em estudos do potencial que existe na costa brasileira.

 

Luciano Bezerra, pesquisador líder do Laboratório de Energia Eólica do ISI-ER, representou o Instituto  junto a empresas, fornecedores e centros de pesquisa

 

Foco
Esta foi a primeira participação do ISI no WindEurope, e ocorre em um momento importante para a instituição, segundo o diretor, Rodrigo Mello.

 

“Participar das discussões, ouvir e encontrar com os principais atores do setor, em tecnologia, empresas e centros de pesquisas, são movimentos fundamentais que fazem parte da nossa rotina e que tendem a se intensificar com o nosso Plano de Internacionalização”, disse ele.

 

“Ter a instituição representada em um evento dessa envergadura, com foco em assuntos que estão tão palpitantes também no Brasil, é crucial”, acrescenta, “e precisa ser uma constante para manter o ISI na vanguarda do setor”. “Isso é válido para energia eólica, para a parte meteorológica voltada à energia, para a energia solar, a sustentabilidade e todas as frentes em que atuamos”, frisa ainda Mello.

 

A guerra
Nesta edição do WindEurope, a crise no fornecimento de gás para a Europa em meio à guerra da Rússia na Ucrânia, e a meta europeia de pôr fim a importações do produto russo até 2030 – com participação crucial das energias renováveis nesse processo – também foi destacada na programação.

 

“A invasão russa na Ucrânia abalou nosso sistema energético. O que se busca agora é uma política energética com menos dependência de combustíveis fósseis importados e uma transição acelerada para as energias renováveis”, disse o CEO da WindEurope, Giles Dicks, em nota divulgada sobre o evento.

 

A Conferência jogou luz sobre barreiras que existem no caminho em direção a uma possível “independência” e à expansão da fonte eólica em território europeu, incluindo entre elas a complexidade de regras de licenciamentos de projetos.

 

Foram abordadas ainda oportunidades em áreas como emprego, e a necessidade de atração e qualificação de profissionais para atender a indústria eólica.

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