Comitiva do Pará visita ISI-ER, do SENAI-RN, em busca de informações para diversificar investimentos em energia

1/10/2021   17h13

 

O potencial de geração de energias renováveis do Rio Grande do Norte e o ecossistema de inovação, pesquisa e desenvolvimento estruturado pelo SENAI para impulsionar a competitividade do setor e o avanço dos investimentos no estado foram apresentados nesta sexta-feira (1º) pelo diretor do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), Rodrigo Mello, a uma comitiva do governo e da Federação das Indústrias do Pará.

 

A apresentação foi realizada no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, complexo que reúne o ISI e o CTGAS-ER – principais referências do SENAI no Brasil para pesquisa, desenvolvimento, inovação e soluções de educação para o setor de energias renováveis. “Nós viemos conhecer a experiência do Rio Grande do Norte (líder nacional na produção e em investimentos previstos em energia eólica), tendo como ponto focal inicialmente a atração de investimentos em energia eólica e solar, por exemplo, para o Pará”, disse o diretor de Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) do Pará, Rafael Teixeira.

 

Localizado na região Norte do Brasil, o Pará detém a maior capacidade instalada no país para geração de energia elétrica e é o segundo principal produtor nacional de energia, atrás apenas de São Paulo, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energias publicados em 2020.

 

A energia hidrelétrica é a força da matriz elétrica, mas o estado também quer atrair investimentos e desenvolver tecnologias em outras áreas. “O SENAI do Pará nos mostrou o ISI do Rio Grande do Norte indicando que assim como no Pará temos o ISI de Mineração aqui tem o de energias renováveis. Como nosso foco é energia renovável nós viemos ao Centro ver tudo o que tem de tecnologia que poderia ser agregado ao nosso estado” , disse o diretor.

 

O foco, segundo ele, é mapear o potencial de geração de todas as fontes de energia limpa no estado para subsidiar a estratégia de atração de investimentos, um tipo de trabalho que o ISI-ER já desenvolve no Nordeste e que vai iniciar em uma escala maior que engloba também a região Norte do país.

 

“Nós queremos ter uma visão completa dos nossos potenciais de energia, de eólica, solar, hidrogênio, biomassa…queremos um Atlas de energia para atrair investidores, para além de aproveitar e melhorar o que a gente já tem de energia hídrica, diversificar a nossa matriz energética e também melhorar a qualidade de vida do nosso povo, gerando emprego e renda”, acrescentou Teixeira, acompanhado do secretário adjunto da Sedeme, Carlos Augusto de Paiva Ledo, e do vice-presidente executivo da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e presidente do Centro das Indústrias do estado (CIP), José Maria da Costa Mendonça.

 

O diretor do ISI-ER e do CTGAS-ER, Rodrigo Mello, apresentou ao grupo detalhes dos trabalhos desenvolvidos até o momento e detalhou ainda novas investidas, como um projeto com o Ministério de Ciência e Tecnologia para mapear o potencial de geração de energia do Amapá ao Rio Grande do Norte, ou seja, passando também pelo estado do Pará.

 

Além de participar da apresentação, o grupo conheceu laboratórios como o de energia solar e de energia eólica do ISI-ER, onde há, por exemplo, o primeiro túnel de vento do Brasil projetado para atender a demanda de calibração de equipamentos da indústria eólica.

 

“A gente visualiza com visitas como essa que cada vez mais o ISI ganha maior ênfase e repercussão no Brasil como um todo, além disso, que o entrelaçamento entre as nossas instituições se fortalece para desenvolvermos tecnologias e o estímulos para o avanço das energias renováveis também para outros estados brasileiros”, destacou o diretor regional do SENAI-RN, Emerson Batista, que também conduziu o grupo na apresentação e na visita..

 

O Hub de Inovação e Tecnologia do SENAI-RN reúne o ISI-ER e o CTGAS-ER, com exemplos de trabalhos no histórico que vão desde o desenvolvimento inédito de um microreator para mitigação de gases do efeito estufa, até medições realizadas pela primeira vez no país para atestar o potencial de geração de energia eólica offshore, no mar.

 

“Isso o que nós vimos aqui confirma o que achávamos no Pará. É estudo, conhecimento, que também vai nos subsidiar lá no estado”, observou José Maria da Costa Mendonça, da Fiepa.

 

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