As entidades que integram o Sistema S, como o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), são importantes aliadas do Brasil na promoção de educação básica e profissional, inovação, tecnologia, saúde e segurança no trabalho.
Será que o governo entende a importância dessas instituições para o país? Será que as autoridades conhecem o tamanho do prejuízo que representaria um corte desse tamanho em entidades que usam, de maneira qualificada e transparente, os recursos destinados pelas empresas privadas para suas ações?
Preparamos uma lista para mostrar o impacto que o corte de 50% nos recursos do SESI e do SENAI representam:
Desde 1942, o SENAI já qualificou mais de 73 milhões de brasileiros. São profissionais bem preparados para trabalhar na indústria, setor que tanto precisa de mão de obra especializada. Os cursos oferecidos pelo SENAI têm currículos alinhados às necessidades das empresas brasileiras. Assim, quem procura o SENAI para aperfeiçoamento ou requalificação, em 28 áreas de conhecimento como Elétrica, Mecânica, Alimentos ou Construção, se destaca no mercado.
A educação do SENAI é reconhecida internacionalmente – nas últimas edições da WorldSkills, a maior competição de educação profissional do mundo, o Brasil, representado em sua maioria por estudantes do SENAI, conquistou o 1º lugar (2015) e o 2º (2017). Além disso, a atuação do SENAI é reconhecida pela ONU.
Em todo o Brasil, o SESI recebe, por ano, mais de 1,7 milhão de matrículas em educação básica e continuada e ações educativas, oferecendo qualificação de qualidade e cidadania para os brasileiros.
O ensino oferecido pelo SESI tem atestado de qualidade. Com foco em ciências, tecnologia, engenharia, matemática e artes, a abordagem das 501 escolas do SESI vem trazendo resultados positivos, como o bom desempenho em português e matemática dos alunos do 5º ano do ensino fundamental na Prova Brasil – as médias foram superiores a dos alunos da rede privada.
O SESI beneficia, por ano, mais de 4 milhões de trabalhadores com serviços de SST e promoção da saúde. São cerca de 770 mil consultas, 2,5 milhões de exames ocupacionais e 1 milhão de vacinas.
O SESI e o SENAI têm sido grandes aliados de cidades e estados no combate ao coronavírus. As entidades têm oferecido serviços de manutenção de equipamentos hospitalares; confecção de itens de proteção invidual, como máscaras e luvas; instalações e unidades foram colocadas à disposição das secretarias de saúde para o tratamento de pacientes doentes; e recursos estão empenhados para apoiar a criação de novas ferramentas de diagnóstico e tratamento da doença.
Com o corte de recursos, o SENAI teria suas atividades seriamente comprometidas, podendo ser obrigado, inclusive, a encerrar suas ações em alguns estados. Seria o fim dos cursos de educação profissional e da atuação de determinados institutos de inovação e tecnologia, que tanto ajudam as empresas a se tornarem mais inovadoras e competitivas.
Todas as atividades do SESI seriam seriamente comprometidas, podendo até fechar as portas em algumas cidades. Sem recursos, quem seriam mais prejudicados seriam jovens e trabalhadores de todo o Brasil.
Texto atualizado em 1 de abril de 2020.
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