ISI-ER triplica projetos em 2021 e atrai a atenção de gigantes do setor

21/12/2021   18h52

Parte da equipe do ISI-ER com executivos da CTG Brasil, uma das líderes no país em geração de energia limpa: Atividades do Instituto registram expansão

 

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), principal referência do SENAI no Brasil para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação em energia eólica, solar e sustentabilidade, encerra o ano de 2021 com o triplo de projetos que acumulava antes da pandemia e de olho em novos desafios que já despontam no horizonte.

 

“O desafio principal, de forma prática, é entregar um mundo melhor. Contribuir, a partir dos trabalhos que desenvolvemos, para que 2022 e os anos subsequentes tenham energia mais limpa sendo consumida, menos emissões no meio ambiente, metas de mitigação de gases do efeito estufa sendo atingidas e mais segurança energética. Temos laboratórios, conhecimento e equipe prontos para isso”, diz o diretor do Instituto, Rodrigo Mello.

 

Em tom de retrospectiva, ele afirma que “2021 foi um ano de conquistas”, incluindo a conclusão das obras do centro de pesquisas para a inauguração oficial, realizada em junho, a largada para a oferta de novos serviços, a expansão da carteira de projetos e a pavimentação de caminhos para a construção de outros com ainda mais envergadura.

 

O ISI-ER está em operação no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN em Natal desde 2018, mas foi oficialmente inaugurado em 2021, com a conclusão das instalações e a operação plena dos laboratórios. A movimentação nas instalações a partir de então foi acelerada e protagonizada por nomes de peso da indústria.

 

O Instituto atraiu, nesse sentido, equipes de inovação, executivas e executivos de alto escalão dos setores de energia, óleo e gás, interessados em discutir soluções na área de PD&I. Entre os nomes que circularam por laboratórios, salas de reunião e ambientes de inovação figuram representantes de gigantes como Shell, CTG Brasil e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

 

O segundo semestre também foi marcado pela classificação da instituição como “grau de maturidade nível 5”, status que representa mais um avanço – explica Rodrigo Mello – e abre novas perspectivas de financiamento para pesquisas.

 

Projetos
No campo dos projetos registrados no ano, foram R$ 34,1 milhões entre entregues, em andamento ou contratados – com perspectivas de impactos diretos para o meio ambiente, a população e a competitividade da indústria. Os estudos são desenvolvidos por meio de acordos de cooperação nacionais e internacionais, com previsões de entrega que variam entre 2023 e 2025.

 

Um balanço das principais iniciativas foi apresentado na semana passada, na segunda reunião do Comitê Técnico Consultivo que o ISI instituiu em junho, mesmo mês em que foi inaugurado. O Comitê Técnico Consultivo é o fórum central de discussões sobre estratégias, projetos e rumos das atividades que realiza.

 

Acordo inédito do Instituto com a Agência Espacial Brasileira para impulsionar pesquisa e investimentos em energias renováveis está entre os destaques de 2021

 

“O cenário”, descrito pelo coordenador de PD&I do ISI, Antônio Medeiros, é de “expansão apesar da pandemia”. O crescimento é embalado, segundo ele, pela estratégia de “ampliação do capital intelectual e dos recursos disponíveis, buscando como objetivo final aumentar a sustentabilidade financeira do centro de pesquisas a partir do próximo ano”.

 

O Comitê Técnico Consultivo, formado por representantes da indústria, da ciência, de instituições públicas e das principais entidades representativas do setor no país – a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica) e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) – fez coro.

 

Sandro Yamamoto, diretor técnico da ABEEólica, disse, por exemplo, que todo o investimento do Instituto em pesquisa já tem rendido frutos reconhecidos pelo setor. Alfredo Renault, superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), destacou que “o caminho do ISI está mais do que consolidado e que as perspectivas daqui para frente são excelentes”.

 

Olga de Castro Vilela, do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco, destacou a participação do Instituto e do SENAI-RN em importantes fóruns de discussão sobre o setor no país. Os debates envolveram temas como hidrogênio a partir de fontes renováveis, a importância da diversidade na qualificação e no trabalho em parques eólicos, a energia solar no âmbito do Mercosul, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – em uma live realizada em parceria com a ONU – e o desenvolvimento da cadeia produtiva da eólica offshore, que está à espera de licenciamentos para iniciar a instalação das primeiras turbinas de geração da energia dos ventos no mar, no país.

 

Silvio Scucuglia, diretor da CTG Brasil, chamou a atenção para o sucesso da chamada pública da empresa para apoiar projetos de PD&I em hidrogênio verde, coordenada pelo ISI-ER, ressaltando que o volume e a diversidade de atuação que o Instituto demonstra refletem a qualidade dos pesquisadores e da gestão. Ricardo Marques Dutra, do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), reforçou o coro sobre os resultados alcançados em 2021: “A quantidade de coisas que o Instituto fez é impressionante”.

 

SOBRE OS INSTITUTOS SENAI DE INOVAÇÃO

 

O ISI-ER faz parte da Rede de 26 Institutos SENAI de Inovação faz parte da maior rede privada de institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação criada no Brasil para atender as demandas da indústria nacional, composta por 26 Institutos SENAI de Inovação. A Rede tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Desde que foi criada, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em 1.332 projetos de PD&I.

 

*Este texto faz parte da série “Retrospectiva”, que o o Sistema FIERN começou a publicar nesta semana com um balanço dos resultados que alcançou em 2021. O Sistema é composto por SENAI-RN, SESI-RN, IEL e Federação das Indústrias do estado (FIERN).

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